sábado, 21 de novembro de 2009

Alberto João


Há uns dias atrás, o ilustre Alberto João Jardim classificou o Continente como sendo a "Sicília Hispânica" no âmbito do processo "Face Oculta". Ora ao vociferar tal afirmação, o dignissimo Alberto João devia estar a olhar para o seu umbigo, porque a existir "Sicilias" neste Portugal, a Madeira é o expoente máximo daquilo que o Exmo. Dr. pretendeu insinuar. É pena, que as instituições não tenham a coragem nem a vontade de entrar por ai a dentro e pôr tudo em pratos limpos. Então surgiriam centenas de faces ocultas. E eu sei do que estou a falar. Só que nos habituámos a ver aquele cantinho como o domínio do "maluquinho" que é melhor não mexer para não ter problemas. Tudo quanto entra naquele cantinho é controlado pela máquina jardinista, ou entra no comboio, ou logo lhe tratam de calçar uns patins de volta.

Recupero assim o meu post de 1 de julho de 2009 em que em pleno espectáculo Rui Renhinho disse que aquilo lhe fazia lembrar a Sicilia. Porque terá sido? De certeza que não é pela paisagem!

1 comentário:

  1. Caro Deckard. Não queria ser polémico, já chega de polémicas, mas isto é o que penso:
    Portugal ao contrário de Espanha (que é citada muitas vezes com um exemplo de “regionalização” a seguir) nunca teve uma divisão por regiões na sua História, nem é o produto da condensação de várias nações e Estados independentes anexados a partir de um “centro” como o Reino Unido e Espanha. Portugal, regionalmente falando, sempre foi uno e coeso. Dividir, para regionalizar, seria malbaratar precisamente uma das riquezas únicas deste país e criar pontos de dissensão que não existiam. Ou seja, arriscamo-nos a criar “Países Bascos” e “Irlandas” onde elas antes não existiam…
    É um erro descurar a idade das fronteiras portuguesas e a universalidade da sua aceitação, esquecer que o português é a língua materna de todos nós, esquecer os conflitos e os desafios em que os portugueses se assumiram como um povo, ignorar o facto de nunca ter havido problemas de secessão no continente português – houve uns ‘bambúrrios’ nas ilhas ainda por explicar- e, ‘last but not least,’ são transversais a todo o território português as virtudes e os defeitos dos portugueses como povo.
    Tenho muita dificuldade em aceitar, não a Autonomia da Madeira, mas a chamada “Autonomia Progressiva”, que não se sabe onde levará um terra tão bela e que eu admiro tanto, para já como muito bem diz…parece a Sicília, esperemos que o povo possa no futuro dizer livremente, da sua justiça nas eleições, mudando o “cacique”. Quem visita a Região, não nota nada mais que, boa gastronomia, um mar excelente, paisagens magnificas, pessoas prestáveis e simpáticas…pelos vistos quem lá vive é que é pior.

    ResponderEliminar